sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Presidente Nacional do PTB, Roberto Jefferson

Comentários do Presidente Nacional do PTB, Roberto Jefferson, publicados em seu blog na internet (www.blogdojefferson.com) nesta sexta-feira (04/9):

Aquela que falha mas não tarda Serra aumentou o tom em suas críticas, Dilma participa de orações públicas, Aécio anuncia que percorrerá o Nordeste, e Ciro aparece com discurso de candidato. Ou seja, mesmo que discretamente, todos estão em campanha, mas ninguém pode assumir posições claras por receio do terrorismo imposto pela Justiça Eleitoral, sempre pronta a punir quem se aventura a querer conquistar o povo. Essa justiça de regras intransponíveis é anacrônica, ultrapassada, interventora, antidemocrática e excessivamente burocrata. Só no Brasil existe um monstrengo desses.
Chance perdidaInfelizmente o Congresso Nacional perdeu a chance nesta legislatura de discutir uma reforma eleitoral mais ampla, em que inclusive se pudesse pensar na flexibilização das rígidas regras impostas pela Justiça Eleitoral à atividade política. Os juízes eleitorais, tão ciosos no que afirmam ser a defesa do cidadão, na verdade têm horror do eleitor. Os procuradores nunca precisaram pedir votos, não estão habituados à convivência social, não interagem com a vida da população, não descem de suas togas para conhecer os dramas da sociedade. O tribunal eleitoral é composto por homens que não sabem o que é a política, e querem tornar criminosas pessoas que entregaram um santinho, que distribuíram algumas camisetas. É uma excrescência que precisa ser eliminada.
O verdadeiro pré-salEstá na cara que a necessidade de se manter a urgência constitucional para votação dos projetos sobre o petróleo da camada pré-sal é a pressa que o pessoal da Esplanada tem em arrumar um poderoso financiador de campanha. Na antiguidade havia o pagamento em sal, uma forma primária de se remunerar o trabalho, de onde se originou a palavra salário. Daí podemos entender que a pressão do governo é com objetivo de se garantir logo o pré-sal, mas não aquele que está no fundo do mar, e sim a antecipação do salário eleitoral, que garantirá à atual gestão mais quatro anos no poder. O pré-sal é o pré-salário da companheirada.
Ele só pensa naquiloO presidente Lula diz que não quer, mas não passa um dia sem pensar em impor ao Congresso a aprovação da Contribuição Social para a Saúde (CSS). Como já dissemos aqui, ele quer recriar este imposto não porque está preocupado com a situação da saúde no País, mas porque quer se vingar da única derrota que o incomodou nestes quase sete anos de governo. E os líderes do governo já encampam a mágoa presidencial e agora falam em mobilizar prefeitos e governadores pela aprovação da CSS. Eu estou curioso em ver os mundos e fundos que o Palácio do Planalto vai mover para convencer não só o Congresso, mas a sociedade, de que o contribuinte precisa meter a mão no bolso para custear um setor que mal consegue investir 10% de seu orçamento.
Querem engordar o caixaTodo mundo já percebeu que o que querem de fato é criar mais uma abundante e inesgotável fonte de recursos para as eleições. Nem o parceirão PMDB o governo vai respeitar nesta discussão. É financiamento eleitoral travestido de necessidade social.
Para bois e eleitores dormiremDe acordo com matéria do jornal O Globo desta sexta-feira, o Ministério da Saúde só empenhou o total de 10,4% dos mais de R$ 3,7 bilhões autorizados para investimento pela pasta. É muito pouco para quem quer exigir do contribuinte o desconto de 0,1% em suas operações bancárias a pretexto de pagar as contas da combalida saúde pública brasileira. Se o governo quer de verdade ampliar os recursos para a saúde, poderia apoiar a aprovação da Emenda 29 sem a vinculação com a nova contribuição. A Emenda determina a aplicação de 12% das verbas da União na rubrica da saúde, contra os atuais 8% garantidos no Orçamento da União. O resto é conversa para boi dormir e para enganar eleitores em época de campanha.
A estranha arte de inaugurar as inaugurações (1)Muito boa a história contada no Plenário do Senado pelo petebista Mozarildo Cavalcanti, que ilustra bem como este governo é useiro e vezeiro em inaugurar o nada. Segundo Mozarildo, Lula anunciou que irá a Roraima para a inauguração de uma ponte que já foi "inaugurada" outras duas vezes: uma pelo líder do governo, Romero Jucá, sem o representante da Guiana, e outra sem Jucá mas com a presença do representante da Guiana. Agora a mesma ponte contará em sua terceira inauguração com a presença de Lula, do líder do governo e do representante da Guiana. A ponte, cuja construção começou há 30 anos, está longe de ser finalizada, mas certamente ainda passará por uma quarta inauguração, no ano que vem, já com a ministra Dilma Rousseff junto com Lula. Diante deste quadro grotesco de se inaugurar até a inauguração, o senador questiona: "Será que Lula acha que as pessoas, mesmo as mais pobres, não pensam"?.
A estranha arte de inaugurar as inaugurações (2)O caso de Roraima é só mais um a engrossar as estatísticas das constantes inaugurações de obras, ordens de serviço, pedras fundamentais, projetos, e até mesmo já estão inaugurando uma simples idéia para nova construção. É só contar semanalmente o número de vezes em que projetos como a Transnordestina, a Transposição do Rio São Francisco, entre outras obras, recebem anúncios festivos de suas etapas, fases, serviços, contratações, ordens de serviço etc. Todas as obras são apenas utopias, o que importa ficar pronto mesmo é a rampa de lançamento da ministra Dilma Rousseff para 2010.
Conta outraA senadora petista Ideli Salvatti está querendo tirar o corpo fora na batalha pela aprovação da CSS, para se dedicar a tentar esticar a corda da destinação dos royalties do petróleo, tudo de olho no voto dos catarinenses para as eleições estaduais de 2010. Enquanto tenta vender ilusões ao povo de Santa Catarina de que jorrará dinheiro por lá dos novos campos do pré-sal, Ideli se esquiva de explicar porque foram cortados R$ 142 milhões das emendas parlamentares asseguradas ao Estado no Orçamento da União. O dinheiro cortado compromete as obras de reconstrução do Porto de Itajaí, destruído pelas enchentes de novembro de 2008. Enquanto Ideli quer vender terreno na lua, os trabalhadores de Itajaí que ficaram desempregados com a destruição do porto passam necessidades, como vem alertando seguidamente o deputado catarinense Parisotto. Está na hora de falar a verdade, Ideli.


Fonte.WWW. PTB.ORG.BR

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