quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

PTB APOIA MICHEL TEMER

PTB decide apoiar Michel Temer
PTB fecha questão pelo fim do fator previdenciário
Executiva estabelece meta de eleger no mínimo um federal por estado
Senador Fernando Collor destaca atuação de Campos Machado
Frank Aguiar pode continuar na Câmara; Executiva do PTB discute situação

PTB decide fechar questão pelo fim do fator previdenciário



O Diretório Nacional do Partido Trabalhista Brasileiro decidiu nesta quarta-feira (10/12), em reunião da Comissão Executiva, que o partido irá apoiar o candidato do PMDB à presidência da Câmara, Michel Temer, na eleição que ocorrerá no mês de fevereiro de 2009. A moção de apoio foi apresentada pelo Presidente Nacional do PTB, Roberto Jefferson, e referendada pelo líder do partido na Câmara, deputado Jovair Arantes. Em outra decisão, aprovada por unanimidade no encontro, a Executiva Nacional fechou questão em relação à votação do fim do fator previdenciário e para aprovar os projetos do senador Paulo Paim, que prevêem reajustes nos valores das aposentadorias.
A pedido do Presidente do PTB, o consultor jurídico do partido, Itapoã Messias, leu carta do deputado federal Arnaldo Faria de Sá, em que o parlamentar defende a necessidade do partido se unir para aprovar o fim do fator previdenciário. Segundo Arnaldo, este mecanismo, criado no governo FHC, representa um desmonte gradativo da qualidade de vida e de saúde dos aposentados brasileiros.
"Com o fator previdenciário, todo ano ocorre o achatamento dos benefícios da Previdência Social. O número de aposentados que passam a receber um salário mínimo a cada ano aumenta, o que é uma inversão, porque deveriam receber muito mais do que o reajuste. Por isso rogo precisamos derrubar o fator previdenciário, que representa um achatamento dos benefícios. Queremos a recuperação de aposentados e pensionistas do País", afirma Arnaldo Faria de Sá em sua carta.
Após a leitura da carta, o Presidente do PTB, Roberto Jefferson, lembrou que o partido, em reunião da Executiva Nacional realizada em 2007, já havia fechado questão em relação à defesa dos aposentados e pensionistas, compromisso histórico do Partido Trabalhista Brasileiro. Para o Presidente do PTB, aprovar o fechamento de questão sobre as propostas que tramitam no Congresso é reafirmar os princípios e o ideário que constam no Estatuto e no Programa do PTB.
O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, também defendeu a extinção do fator previdenciário e a aprovação dos projetos do senador Paulo Paim, que irão recuperar os valores das aposentadorias e pensões e mudarão a fórmula de cálculo dos benefícios. Para Collor, ao fechar questão, a Executiva Nacional protege a bancada na Câmara e no Senado contra as pressões do governo.
"Essa questão retoma as origens e as raízes do PTB, o nosso compromisso intransigente em defesa dos aposentados e da justa remuneração de seus benefícios, recebidos ao final de anos de uma longa e árdua jornada de trabalho. O nosso partido tem que estar no Congresso na vanguarda da defesa dos direitos dos aposentados e pensionistas brasileiros", afirmou o senador petebista.
Fernando Collor disse que o governo, sempre que tem problemas com o seu caixa, tenta achatar os benefícios dos aposentados. O senador relembrou as medidas que tomou a favor dos aposentados quando foi presidente da República, e afirmou acreditar que haverá disponibilidade no Tesouro Nacional para cumprir o que manda a Constituição Federal.
"O fator previdenciário é uma medida esdrúxula, que vai de encontro aos interesses do trabalhador, além de ferir frontalmente o nosso Estatuto. Por isso, fechar questão sobre este tema é uma posição mais do que acertada, para que nossos deputados e senadores se sintam protegidos ao votar contra esta proposição que penaliza os trabalhadores", afirmou Collor.
O fechamento de questão foi colocado em votação pelo Presidente do PTB, Roberto Jefferson, e foi aprovado por unanimidade pela Comissão Executiva Nacional.
Executiva estabelece meta de eleger no mínimo um federal por estado



Um deputado federal no mínimo por estado. Esta foi a meta traçada pelo Presidente Nacional do PTB, Roberto Jefferson, para as próximas eleições de 2010, em que haverá a renovação no Senado, na Câmara dos Deputados e nas assembléias legislativas. A meta foi aprovada por unanimidade no encontro da Comissão Executiva Nacional do PTB, que se reuniu nesta quarta-feira (10/12), em Brasília. Para o Presidente do PTB, se o partido trabalhar em torno desta expectativa, já conseguiria sair das urnas com pelo menos 27 deputados federais, acima dos atuais 22 que compõem a bancada petebista.
"Queremos um federal por estado, isso é compromisso nosso e dos presidentes dos diretórios estaduais. E nós vamos atingir esta meta como fizemos agora nas eleições municipais, em que conseguimos resultados expressivos valorizando a prata da casa. Nós queremos construir um partido poderoso a partir da base municipal, e inclusive acredito que o fundo partidário não poderia ser medido pela bancada federal e sim pela estadual", afirmou Roberto Jefferson.
CAMPOS MACHADO
O deputado estadual Campos Machado, secretário-geral da Executiva Nacional, concordou com o Presidente do PTB, e afirmou que o partido precisa estabelecer uma estratégia nacional para fortalecer as candidaturas não só para 2010, mas também já pensando nas eleições municipais de 2012. Para Campos Machado, o atual tempo de televisão do partido é pequeno, e nas campanhas de hoje, quem domina a TV, diz ele, conquista resultados mais satisfatórios.
"Concordo com o Presidente Roberto Jefferson, nós temos que estabelecer uma meta mínima, porque nos obriga a planejar ações e ambicionar por resultados mais concretos. Se conseguirmos eleger uma bancada de 30, 35 deputados federais, teremos na campanha de 2012 a possibilidade de lançar candidaturas próprias, para concorrer a Prefeituras como a de São Paulo, por exemplo. É preciso que a gente sempre tenha em vista que nosso trabalho diário é pelo fortalecimento do PTB. A hora é agora, e como dizia a canção, quem sabe faz a hora, não espera acontecer", afirmou Campos Machado.
O senador Fernando Collor também participou do debate sobre a meta sugerida pelo Presidente do PTB, Roberto Jefferson, de no mínimo um federal por estado. Collor elogiou a atuação de Campos Machado à frente do Diretório de São Paulo, e disse que o trabalho que vem sendo desenvolvido naquele estado, inclusive com a criação de diretórios de apoio em vários segmentos sociais – como aposentados, sindicatos, afro-descendentes, juventude, entre outros – é um estímulo para outros presidentes estaduais. O senador petebista aproveitou também para traçar um panorama sobre a atuação dos partidos políticos no Brasil, assim como o de aglutinação em torno de legendas com maior estrutura no País.
"Muitos políticos se aglutinam em torno de um legenda em função da expectativa de poder que ela possa gerar. Em Maceió, por exemplo, tínhamos sete vereadores eleitos pelo PTB, mas no momento em que o prefeito saiu para o PP, todos esses sete prefeitos saíram do nosso partido, o que é muito complicado e até mesmo frustrante. Nós, do PTB, somos um partido médio, e temos crescido graças ao trabalho de cada um de nós, do nosso Presidente Roberto Jefferson, que tem se esforçado ao máximo para fazê-lo viscejar e crescer nos municípios e nos estados. Por isso temos que trabalhar concentrados em aumentar nossas bancadas no Congresso, para não permitirmos mais ser sugados pela força de sucção que detém os partidos que estão consorciados com o governo federal", afirmou Collor.
O senador aproveitou para defender a elaboração, pelos membros do Partido Trabalhista Brasileiro, de um projeto de poder para a agremiação. Collor disse que o partido poder se tornar proeminente, é necessário que crie condições de mostrar à nação que tem e possui projeto político de poder, e não aparentar ser um partido que vai sempre ficar esperando em cada um dos estados como é que vão se compor os principais partidos para só então tomar suas posições.
"Eu acredito que a única maneira que nós temos de levantar o ânimo, a vontade, a garra que sempre foi marca do PTB, é estabelecer um projeto de poder. Mas um projeto que passe ao largo de composições em que o partido ocupa apenas posição secundária. O PTB, com a história que tem, com a liderança do nosso Presidente Roberto Jefferson, deve agora içar as suas velas, e esperar que os ventos nos conduzam a novos rumos, que vão fazer com que nossos filiados se sintam atraídos em poder participar da vida partidária. Qualquer partido pode crescer na medida em que gerar expectativa de chegada ao poder. Sem isso o partido tende a fenecer, ou vai viver procurando fazer os entendimentos e acordos políticos que permitem ficar no plano médio. Mas essa não é a condição que o PTB merece e deseja", afirmou o senador Fernando Collor.
O Presidente do PTB, Roberto Jefferson, concordou com as afirmações do senador Fernando Collor, e disse que o partido precisa construir seu próprio caminho. Jefferson lembrou que o PTB apóia o governo federal, mas não tem qualquer alinhamento definitivo nem com Lula, nem com José Serra, e se o partido tiver uma candidatura própria para presidente da República em 2010, pode chegar a fazer uma bancada de 50 deputados e oito senadores.
"Uma candidatura própria arrasta os companheiros na proporcional. Se pudermos construir este caminho, penso que é um sentimento nacional de todos os petebistas, termos um nome nosso, uma candidatura nossa para a eleição presidencial", disse Roberto Jefferson.
Frank Aguiar pode continuar na Câmara; Executiva do PTB discute situação



O deputado federal Frank Aguiar (PTB/SP) afirmou que pode abrir mão da vice-prefeitura de São Bernardo do Campo para permanecer no Congresso. Frank diz que sua vontade é ir para São Bernardo, mas que a alegação de Luiz Marinho (prefeito eleito no município) e da bancada do PTB na Câmara dos Deputados, é de que ele seria mais útil para o ABC em Brasília, podendo trabalhar pela aprovação de emendas para a região. Segundo o deputado, os petistas o alertaram que apenas ele e o também deputado Vicentinho (PT-SP) trabalham ao lado do governo na Câmara pelos habitantes da cidade. "Eu quero ficar em São Bernardo, lá é meu lugar, mas eles [Lula e Luiz Marinho] entendem que aqui [na Câmara] eu ajudo mais a cidade", disse.
Frank Aguiar está em seu primeiro mandato na Câmara e foi eleito no segundo turno para a vice-prefeitura de São Bernardo, ao lado do ex-ministro Luiz Marinho. Para assumir o mandato no ABC, ele teria que renunciar ao cargo no Congresso.
Executiva discute situação de Frank
Durante a reunião da Comissão Executiva Nacional, realizada nesta quarta-feira (10/12), em Brasília, o Presidente Nacional do PTB, Roberto Jefferson, levou aos petebistas a manifestação da bancada do partido na Câmara em favor da permanência de Frank Aguiar em seu mandato de deputado federal. Segundo o Presidente do PTB, o deputado Frank Aguiar, que foi eleito vice-prefeito de São Bernardo do Campo, estaria indeciso entre permanecer na Câmara dos Deputados ou assumir, a partir de 1º de janeiro de 2009, seu novo posto na Prefeitura.
O deputado Alex Canziani defendeu, na reunião da Executiva, a permanência de Frank Aguiar na Câmara dos Deputados, e reiterou que ao se manter como deputado, Aguiar poderá estabelecer um canal mais proveitoso para a cidade de São Bernardo do que se ficasse na vice-prefeitura. Já o deputado estadual Campos Machado, presidente do Diretório Estadual do PTB em São Paulo, lembrou a importância do município de São Bernardo não só para o Estado mas também para o País, e reiterou que, apesar de acreditar ser importante para o partido ter o vice-prefeito daquela cidade da região do ABC, irá apoiar qualquer decisão que for tomada pelo deputado petebista.
O líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes, afirmou que a bancada apóia a intenção de Frank Aguiar de permanecer como deputado por entender que a atuação se tornará apagada como vice-prefeito. Jovair lembrou que Frank Aguiar, em São Bernardo, é mais popular do que o prefeito Luiz Marinho, e é um companheiro importante para a bancada petebista. O presidente da Fundação Instituto Getúlio Vargas, Benito Gama, sugeriu na reunião que o partido não formalizasse qualquer moção a favor ou contra a permanência de Frank Aguiar, por acreditar que a decisão é de foro íntimo do deputado. Esta opinião foi seguida pelo senador Sérgio Zambiasi, ao afirmar que "a decisão do Frank Aguiar é a nossa decisão. O que ele decidir, estará bom para o partido". O Presidente do PTB, Roberto Jefferson, referendou a posição do senador Zambiasi.
Agência Trabalhista de Notícias (com informações da Folha Online)

Nenhum comentário: